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2013, o ano dos concursos públicos | |
26/04/2013
Fonte: Gazeta do Povo |
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Segundo estimativa da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos, o número de vagas ofertadas neste ano podem chegar a 130 mil em todas as áreas das esferas federal, estadual e municipal. Só na carreira jurídica, 9 mil servidores devem ser contratados até dezembro O ano de 2013 está repleto de oportunidades para aqueles que estão se preparando para amealhar uma vaga como servidor público. Isso porque há vários certames acontecendo, e outros, previstos para o período, chamando a atenção de quem pretende seguir uma carreira estável, com salários atraentes e outros benefícios. A área do direito não foge dessa tendência. Em 2013, são diversos os concursos para advogados e magistrados, além dos já tradicionais exames para cargos de analistas e técnicos. Segundo estimativa da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac), o número de vagas ofertadas neste ano pode chegar a 130 mil em todas as áreas das esferas federal, estadual e municipal. Só na carreira jurídica, a previsão é de que 9 mil servidores sejam contratados até dezembro. Além disso, até 2016, devem ser abertas cerca de 400 mil vagas em âmbito federal, em razão da aposentadoria de funcionários. Ao mesmo tempo em que cresce o número de vagas abertas em cargos públicos, também aumenta o interesse dos chamados “concurseiros” e, na mesma medida, a concorrência para se conquistar um cargo. Conforme a Anpac, o número de inscrições chega a 12 milhões por ano. Assim, os cursinhos preparatórios também encontram um mercado em evidência. “Passamos por momentos complicados, mas o mercado está bastante reativo e começando a ficar estável novamente”, aponta o diretor-geral do Curso Jurídico, Isaias do Carmo Filho. Ele explica que esse nicho começou a ser bastante explorado há dez anos, mas teve uma queda com a pequena quantidade de concursos entre 2010 e 2011 e também pelo alto índice de endividamento das famílias brasileiras. Cursos Não há dados concretos sobre a abertura de novos cursos preparatórios pelo Brasil, mas o que se pode dizer é que, a cada dia, são criadas novas modalidades de preparação dos concurseiros. Além dos tradicionais cursos presenciais, há os telepresenciais – com aulas ao vivo e gravadas – e os online. A escolha de cada modalidade depende do perfil do aluno, conforme explica o diretor pedagógico da LFG, Francisco Fontenele. “Os que optam pela modalidade telepresencial querem o suporte direto da unidade, além da possibilidade de interagir com a turma. Quem não consegue se concentrar ou seguir uma disciplina estuda em casa. Já o aluno online tem horários diversificados e precisa de flexibilidade, mas tem que apresentar uma disciplina maior e ser mais regrado com a organização dos estudos”, diz. Segundo Carmo Filho, do Curso Jurídico, as diferentes modalidades de aula – presencial, telepresencial e online – são concorrentes, mesmo havendo alunos que utilizam mais de um tipo de curso em sua preparação. Ele explica que há uma tendência forte para os cursos online – normalmente mais baratos –, mas o perfil de mercado é diferente. “As pessoas querem ficar em casa não só pelo preço, mas por diversas situações. Só que a maior parte desse mercado é igual academia, ou seja, paga para não usar. Já o curso telepresencial é diferente e concorre com o presencial porque é o aluno que topa sair de casa e quer assistir aula”, diz. Esse aquecimento de mercado de concursos públicos da área jurídica faz com que não só os cursinhos saiam ganhando. A procura por livros didáticos e professores de cursinhos também está em evidência. “Temos professores que largaram a vida acadêmica só para trabalhar com curso preparatório. Mas, para chegar a esse ponto, é difícil”, explica Carmo Filho. Advogados Originariamente, a maior parte dos cursos preparatórios da área jurídica surgiu para atender à grande demanda dos recém-formados em direito que procuravam passar no Exame de Ordem. Esse mercado continua em alta, segundo os coordenadores de cursos procurados pela reportagem, principalmente depois que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) começou a exigir mais conhecimentos específicos dos candidatos. Para o diretor geral do Curso Jurídico, Isaias do Carmo Filho, os conteúdos cobrados no teste requerem uma preparação do candidato que difere da formação acadêmica. “A prova pede muita atualidade, e a faculdade não consegue resgatar todo o conteúdo para responder a uma questão objetiva. Outro problema são as súmulas constantemente editadas que caem na prova, e a faculdade não tem como atualizar o aluno constantemente”, observa. Além disso, para Carmo Filho, se os núcleos de prática jurídica das faculdades de direito se preocuparem em preparar os estudantes para o teste, pode haver um comprometimento na formação profissional. “Preparar o aluno apenas para o teste pode ser uma alternativa completamente equivocada, pois há risco de ele se tornar um péssimo advogado”, acredita. Tanto Carmo Filho quanto o diretor pedagógico da LFG, Francisco Fontenele, consideram o exame difícil. “Há um rigor exagerado, e a prova exige um conhecimento muito além do conjunto básico de um advogado em início de carreira. As instituições de ensino preparam o aluno para o começo da carreira de advogado e não para o exame nesses níveis”, aponta Fontenele. Preparo personalizado Como complemento à preparação para concursos públicos, os candidatos podem recorrer ao trabalho do personal coaching, uma espécie de “guru” dos concurseiros. Esse especialista analisa não só os objetivos e os anseios profissionais de quem o procura, mas seus aspectos psicológicos e motivacionais, além de sua estrutura familiar, buscando os melhores caminhos na área dos concursos públicos. Para o personal coaching Carlos André Silva Támez, que também é fundador do curso preparatório Aprovação, suas tarefas podem ser comparadas à de um personal trainner e também à de coachings executivos e amorosos. O que os difere, nesses casos, é apenas a área de atuação. “Não digo o que fazer, não sou o dono da verdade, mas digo o que minha experiência sugere fazer naquele momento e naquela situação”, diz. Além da formação como coaching, Támez se vale de sua experiência de concurseiro, dos 26 anos dedicados ao serviço público e dos 15 anos de atuação em cursos preparatórios para atender semanalmente cerca de 20 “coachees” individualmente. Os familiares e outras pessoas próximas ao candidato também são analisados pelo coaching, processo que, segundo Támez, é essencial para um bom desempenho do concurseiro. “Foi em uma dessas reuniões que chegamos à conclusão que uma coachee tinha que mudar a opção de concurso porque, se ela passasse naquele que pretendia fazer, sua família teria que mudar de cidade, e o marido dela não estava disposto a isso”, conta.
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